Quando somos incomodados, geralmente recriminamos ou acusamos.
Os fariseus e os escribas recriminam Jesus porque acolheu bem os pecadores. O
filho mais velho da parábola recrimina o seu pai porque acolhe, com os braços
abertos, o filho mais novo. Recriminam porque os seus corações estão fechados,
recriminam porque eles próprios não podem acolher. De facto, não estarão eles a
recriminar-se a si mesmos? O caminho está em acolher e deixar-se acolher…
Face ao
aumento da criminalidade e da violência cria-se, por vezes, um clima social de
alguma histeria e radicalismo. Exigem-se castigos mais severos e os adeptos das
soluções definitivas chegam a falar na pena de morte para certos crimes. Que
sentido é que isto faz, à luz da lógica de Deus?
• Ser
testemunha da misericórdia e do amor de Deus no mundo não significa, no
entanto, pactuar com o pecado… O pecado – tudo o que gera ódio, egoísmo,
injustiça, opressão, mentira, sofrimento – é mau e deve ser combatido e
vencido. Distingamos claramente as coisas: Deus convida-me a amar o pecador e a
acolhê-lo sempre como um irmão; mas convida-me também a lutar objectivamente
contra o mal – todo o mal – pois ele é uma negação desse amor de
Deus que eu devo testemunhar.
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