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Missa Vespertina (Sábado)
Missa das 08h00 (Domingo)
Missa das 11h00 (Domingo)
Dimensão litúrgica do canto
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Para ser um ministro de música não basta conhecer a animação litúrgica ou estar inserido numa comunidade de crescimento. O animador deve estar totalmente inserido na realidade pastoral e missionária da nossa Igreja.
É importante que cada animador se pergunte: Que tipo de discípulo eu sou? Em meu canto ecoo a voz de Deus? Por meio da minha voz ou meu instrumento, a comunidade sente-se motivada a elogiar o Autor que age em mim?
É fundamental que cada católico se pergunte: Será que eu estou a colocar Jesus Eucarístico à minha frente? Ou eu estou querendo colocar-me à frente Dele?
"A liturgia, como exercício da função sacerdotal de Cristo, comporta um duplo movimento: de Deus aos homens, para operar a sua santificação, e dos homens a Deus, para que eles possam adorá-lo em espírito e verdade."
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Por isso a liturgia, de um modo geral, pode ser entendida como um diálogo entre o Deus-Trindade e o Homem-Comunidade. Este diálogo é composto de vários momentos. Cada momento tem o seu "espírito" próprio, seu sentimento peculiar, e portanto uma expressão diferenciada. Ninguém pede perdão de forma triunfal, nem dá um Viva tímido. Cada momento da liturgia exige um tipo de expressão musical. Sem conhecer o espírito de cada momento do diálogo litúrgico, corremos o risco de dar um Viva tão tímido que ninguém se sinta estimulado a responder.
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Para melhor conhecer as diversas expressões e celebrações litúrgicas deveremos estudá-las com atenção e objetividade. Neste espaço estudaremos aquela que é o ápice da vida cristã: a Celebração Eucarística.
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Cada Música da Celebração Eucarística tem seu papel e Inspiração própria de cada momento litúrgico dentro da celebração. Estes momentos são os seguintes:
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1. Ritos iniciais
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Preparação
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É um momento que foi esquecido durante algum tempo e agora está voltando ao uso. Enquanto alguns "acolhem" os irmãos que estão chegando para a festa da Eucaristia, o ministro de música pode preencher o ambiente com um solo instrumental. Alguns neste momento costumam ensaiar as canções que farão parte da celebração. Pode-se também colocar um disco de meditação, ou das músicas que se irá ensaiar. O importante é criar um ambiente de vida, pois é Cristo, Verdade e Vida, que iremos celebrar.
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Entrada
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Toda a assembleia, unida em uma só voz, canta a alegria festiva de reunir-se como irmãos em torno do Cristo. Esta canção deve deixar claro para toda a assembleia, que festa, ou mistério do Tempo Litúrgico (A segunda "perna" do tripé litúrgico") iremos celebrar. Todo o povo deverá ser envolvido na execução desta canção.
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A primeira impressão marca sempre todo o relacionamento. Assim também o canto inicial marcará toda a celebração.
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Os instrumentos terão a função de unir, incentivar e apoiar o canto. Não deverão cobrir as vozes dificultando a compreensão do texto. Ninguém participa numa celebração para ser admirado, ou para aumentar a sua importância na comunidade. "Tocar na Missa" é um serviço e uma oração. Todo este canto, como a procissão do sacerdote,não deverão ser demasiado longas. O canto deve terminar quando o sacerdote chega ao altar.
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Ato Penitencial
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Neste canto aclamamos a Cristo como "Nosso Senhor" e pedimos-lhe perdão. É um canto de repouso. Sua melodia deve traduzir a contrição de quem pede perdão. Todo o povo deve participar deste canto, mas admite-se um diálogo solista-povo.
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Não é necessário que este canto seja muito "Florido". A simplicidade é a melhor forma de expressar o arrependimento. O instrumentista deve traduzir este espírito de confiança e invocação acompanhado de modo suave, quase imperceptível. Para isto pode-se até excluir a percussão neste momento.
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Glória
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Esta é a canção da alegria, o canto que os anjos e pastores cantaram para saudar o nascimento do redentor (cf. Lc 2,14). Desde o século IV que os cristãos a cantam. Houve uma época que só os bispos o podiam cantar. Hoje recomenda-se que toda assembleia cante o "glória" com ânimo e alegria. Para isso é útil bater palmas, erguer os braços, repicar os sinos expressando Glória a Deus nas Alturas ... Mas é importante não esquecer duas coisas: Que o canto e suas expressões devem seguir a realidade da assembleia; que continuamos com os pés no chão, e que o nascimento de Cristo hoje depende de nossa boa vontade.
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Este canto é excluído no advento e na quaresma, nos outros tempos deve ser executado e de preferência "Cantado". Não é bom que seja parte exclusiva do coral. Este poderá cantá-lo em diálogo com o povo.
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O glória "não constitui uma aclamação trinitária", Mas deve ser antes de tudo uma manifestação da louvor a Deus-Pai e ao Cordeiro.
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Os instrumentos têm papel importantíssimo neste canto. A percussão poderá ser bem explorada. É claro que a "parte não deverá sobressair em detrimento do todo", mas neste canto os instrumentos poderão destacar-se um pouco mais.
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II - Liturgia da Palavra
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Salmo Responsorial
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Dentro do diálogo litúrgico, este canto é a resposta da assembleia ao Deus que falou na primeira leitura. Como diz o próprio nome, trata-se de um salmo, no entanto admite-se também um canto de meditação, no entanto que seja de origem bíblica e signifique uma resposta coerente com a proposta divina expressa na primeira leitura. Este canto não deveria ser nunca excluído pois é de grande importância à liturgia da palavra.
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Pode ser executado por um solista nas estrofes, com a adesão de toda a assembleia no refrão. O acompanhamento dos instrumentos deve ser discreto, excepto quando o salmo for festivo e acompanhado por todo o povo.
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Aclamação ao Evangelho
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Geralmente (menos no advento e na quaresma) a aclamação mais usada é o Aleluia, seguido de uma pequena estrofe que prepara a leitura do Evangelho. Não é um canto obrigatório mas sendo executado, é preciso que seja uma aclamação pessoal e comunitária ao Verbo de Deus . Ao contrário do Salmo, este canto permite movimento e participação vibrante dos instrumentos. Poderá haver solista, mas o Aleluia deverá ser cantado por toda a assembleia.
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Depois da Homilia
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Em missas com crianças, ou em outras celebrações onde a reflexão silenciosa seja difícil, pode ser entoado um cântico, no estilo do Salmo Responsorial, que venha a trazer uma manifestação em sintonia com o tema do evangelho.
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Profissão de Fé
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O Creio é uma resposta de fé e de compromisso da comunidade e do indivíduo à palavra de Deus. Nele recordamos toda a história da salvação. Por isso não convém a utilização de formas abreviadas que sejam profissão de fé, mas que não resumam a fé cristã. Quando cantada, deve contar com a participação de todo o povo. No entanto pela estrutura rítmica da letra, isso se torna muito difícil. Uma opção seria cantar um refrão popular, entre uma recitação e outra do Creio.
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Oração dos Fiéis
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Esta oração poderá adquirir um tom mais solene quando cantada. As invocações devem ser executadas por um solista, ao que o povo responde cantando. Aqui a participação dos instrumentistas é suavíssima e até dispensável, podendo ser usado apenas o teclado com som de órgão.
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III - Liturgia Eucarística
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Preparação das oferendas
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Este é um dos cantos menos importantes da missa. Neste momento preparamo-nos para oferecer ao Pai, o Cristo "ao qual nos unimos oferecendo nossas vidas, nosso corpo como culto espiritual agradável a Deus". Portanto, o grande ofertório da missa é após a consagração quando já não oferecemos o pão, o vinho, nossa vida, nosso trabalho, mas o próprio Cristo e todo o resto transfigurado "Por Ele, com Ele e n’Ele".
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Durante o canto de ofertório normalmente também ocorre a coleta, momento em que colocamos um pouco do que é nosso em comum. Portanto o objetivo do canto "de ofertório" é criar uma atmosfera de alegria, partilha e generosidade. Pode-se dispensar o canto, e os instrumentos fazerem um solo apropriado para o momento litúrgico. Ou ainda participar com um canto de oferta que o povo não conheça, desde que este não venha a distrair a atenção do povo.
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Oração Eucarística
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Tanto o diálogo introdutório, como o prefácio e demais orações podem ser cantados e dependendo da sintonia entre músicos e celebrante, podem ser acompanhadas pelos instrumentos. Desde que o celebrante ache conveniente e sinta-se apto para isso.
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Santo
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É dos canto principais, se não o principal, da liturgia. Nele toda a assembleia se une aos anjos e santos para proclamar as maravilhas do Deus Uno e Trino. É o primeiro canto em ordem de importância. É o canto dos anjos (Is 6,2s) e também dos homens (Lc 19,38). Não teria sentido convidar os céus e a terra, os anjos e os santos para cantar em uma só voz, e depois somente um coral ou um solista executar o canto. Este é essencialmente um canto do povo. É indispensável a participação dos instrumentos para solenizar esta vibrante saudação: SANTO, SANTO, SANTO!
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Aclamações em particular
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Há uma série de aclamações durante a celebração eucarística que poderiam ser cantadas. A Oração Eucarística V, por exemplo, permite algumas intervenções da assembleia. O mesmo se pode afirmar da Oração Eucarística para missas com crianças, ou sobre a Reconciliação. O "Ámen" poderia ser cantado muitas vezes, especialmente depois da doxologia (Por Cristo, com Cristo e em Cristo ...) que é o grande ámen da missa.. Durante a consagração é melhor o silêncio, nem mesmo solos devem distrair a atenção da assembleia naquele momento. Pode-se cantar sim a aclamação após a consagração (Eis o mistério da fé ...).
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Pai-nosso
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O Pai-nosso cantado por toda a assembleia tem grande força e significado. É um dos grandes pontos da Missa, exprimindo de modo maravilhoso a comunhão entre os irmãos. Se não for cantado por todos, é preferível que seja recitado. Os instrumentos têm papel de sustentação, evitando distrair a atenção da oração.
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Abraço da paz
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É costume cantar uma canção alegre cuja letra lembre fraternidade e caridade como fundamento da vida cristã. Deverá ser uma melodia contagiante. Entretanto não é essencial que a assembleia cante.
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Cordeiro de Deus
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Esta prece, de origem Bíblica (Jo 1,29), faz alusão ao Cordeiro Pascal, que se imola e tira o pecado do mundo. Pode ser cantado pelo coral ou solista, mas a assembleia deve participar da última petição: dai-nos a paz.
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Comunhão
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É o canto mais antigo da missa. Por ele, através da união das vozes, queremos expressar nossa comum-união espiritual com Jesus Cristo. Todos ao redor da mesma mesa, congregados numa mesma igreja, participam do mesmo pão. A função do canto de comunhão é alinhavar esta união.
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É comum escutarmos que se deveria fazer silêncio durante a comunhão para que cada um pudesse interiorizar num encontro pessoal com Cristo. Ë certo que a comunhão dos Cristãos é um ato pessoal, mas deve manifestar-se através de um ato comunitário. E o canto de comunhão deve propiciar esta manifestação de comunidade. Por isso todo o povo deve participar entusiasticamente deste canto.
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O Silêncio Eucarístico necessário ao encontro e oração pessoal com Cristo se dá no próximo momento.
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Ação de Graças
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Após a comunhão a assembleia, em silêncio, adora e agradece a presença do Cristo Eucarístico. Após este breve silêncio pode-se cantar um salmo ou outro canto de louvor ou de ação de graças. Este canto não pode e não deve excluir o momento de silêncio após a comunhão.
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É preferível que este canto seja breve e executado por todos. Por isso, também para os instrumentos, não convém longas introduções e interlúdios. É preciso que o ministro tenha a devida sensibilidade e discernimento para saber se este canto é conveniente em tal momento. Evite-se o canto de ação de graças quando a celebração já estiver demasiado prolongada.
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IV - Ritos Finais
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Canto Final
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Antes da bênção entoa-se uma ou duas estrofes de um canto alegre e que cause a última impressão que se irá levar da celebração. Pode ser executado com maestria, porém não deve ser muito prolongado. Um costume muito comum, é o de se aproveitar este canto final para fazer uma homenagem a Maria, mãe de Deus e nossa mãe.
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Após a bênção pode-se continuar as demais estrofes do canto final, sem a necessidade da participação do povo. Utilizem-se todos os recursos disponíveis para que este encerramento crie a predisposição para o povo retornar à Festa Eucarística.
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