Mártir S. Sebastião - A
igreja vinha do Senhor
Sê vinha do Senhor, Ele
cuida de ti com Amor.
O texto de Mt 21,33-43 conta-nos a história de
um proprietário de terras que desejou cuidar de seus campos. Cuidou deles da
melhor maneira que pôde. Mas teve de viajar e os trabalhadores que deixou como
responsáveis pela vinha acharam que eram donos. Quiseram ficar com os frutos. A
tal ponto que, quando o senhor enviou seus criados para buscarem a colheita,
mataram-nos. Atreveram-se a matar até mesmo o seu filho. O senhor desgostou-se.
“ A parábola ilustra a recusa de ISRAEL ao
projeto de salvação de Deus. A Vinha é o Povo de Deus (Israel). O Dono é Deus,
que manifestou muito amor pela sua vinha. Os vinhateiros são os líderes do povo
judeu... Os enviados são os profetas... o próprio Cristo "morto fora da
vinha". Resultado: A "vinha" será retirada e confiada a outros
trabalhadores, que ofereçam ao "Senhor" os frutos devidos e acolham o
"Filho" enviado. Reação do Povo: tentam prender Jesus, pois percebem
que a Parábola se refere a eles... Não entregam os frutos e maltratam os
enviados... A "Vinha" não será destruída, mas os trabalhadores serão
substituídos”.
Um questionamento surge: “para quem será
entregue a Vinha?” “Quem será o povo que produzirá os frutos de justiça, amor e
paz?”
Certamente a Igreja é a mais indicada para
levar adiante, depois da morte de Jesus, a missão de produzir os frutos de
Justiça segundo o plano Salvador de Deus. A Igreja é o novo Povo de Deus, que
somos todos nós, participantes da única missão de Jesus enquanto sacerdote,
profeta e rei. A Igreja, Povo de Deus, tem a missão de continuar profetizando e
anunciando a Boa Nova de Jesus. Porém é preciso estar sempre em estado de
alerta, porque facilmente poderemos produzir os frutos que o Senhor Jesus se
decepcionaria. Hoje a Igreja trabalha na Vinha do Senhor e pede que
transformemos esta vinha (=mundo/sociedade...). Porém Ele pede que olhemos
vinha, chamando atenção para ver a produção de uvas selvagens, uvas que sem
gosto, amargas e sem aparência agradável. Os frutos selvagens são aqueles
frutos que nos fazem perder a referência fraterna na comunidade. Quando
perdemos o respeito pelos outros, a comunidade produz frutos selvagens,
amargos, azedos... É muito amargo, é um azedume viver numa comunidade sem laços
fraternos.
“Não existe jeito melhor de crer e participar
da comunidade do que semear a justiça divina, cultivar a bondade entre nós,
cultivar a fraternidade, cultivar a alegria e paz que afasta qualquer tipo de
agressividade e violência... Isso é ser cristão, é ser discípulo de Jesus; é
ser missionário”.
A igreja é o tesouro
peculiar de Deus, preciosa aos Seus olhos e objeto de Seu infinito amor. […] O
pai de família fez todas as provisões para que a vinha recebesse a melhor
atenção. Tudo o que pôde ser feito se fez para que a vinha honrasse seu
proprietário. […]
Se olharmos para nossas vidas, perceberemos que
a vida da humanidade, nossa família e nossa vida é a vinha do Senhor. Ele a
criou e cuidou dela com amor. E a colocou em nossas mãos. Somos responsáveis
pela colheita, por viver a nossa vida de maneira fraterna, no amor, na
compreensão e na justiça. O fruto que Deus quer é a vida do homem, é a nossa
vida. Não somos donos dela. É um presente dado por Deus, que nos pede para
cuidar dele com amor e que o façamos crescer em liberdade e fraternidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Por favor deixe o seu comentário...a sua opinião conta!