21/01/2017

Mártir S. Sebastião

Mártir S. Sebastião - A igreja vinha do Senhor
Sê vinha do Senhor, Ele cuida de ti com Amor.

O texto de Mt 21,33-43 conta-nos a história de um proprietário de terras que desejou cuidar de seus campos. Cuidou deles da melhor maneira que pôde. Mas teve de viajar e os trabalhadores que deixou como responsáveis pela vinha acharam que eram donos. Quiseram ficar com os frutos. A tal ponto que, quando o senhor enviou seus criados para buscarem a colheita, mataram-nos. Atreveram-se a matar até mesmo o seu filho. O senhor desgostou-se.
“ A parábola ilustra a recusa de ISRAEL ao projeto de salvação de Deus. A Vinha é o Povo de Deus (Israel). O Dono é Deus, que manifestou muito amor pela sua vinha. Os vinhateiros são os líderes do povo judeu... Os enviados são os profetas... o próprio Cristo "morto fora da vinha". Resultado: A "vinha" será retirada e confiada a outros trabalhadores, que ofereçam ao "Senhor" os frutos devidos e acolham o "Filho" enviado. Reação do Povo: tentam prender Jesus, pois percebem que a Parábola se refere a eles... Não entregam os frutos e maltratam os enviados... A "Vinha" não será destruída, mas os trabalhadores serão substituídos”.
Um questionamento surge: “para quem será entregue a Vinha?” “Quem será o povo que produzirá os frutos de justiça, amor e paz?”
Certamente a Igreja é a mais indicada para levar adiante, depois da morte de Jesus, a missão de produzir os frutos de Justiça segundo o plano Salvador de Deus. A Igreja é o novo Povo de Deus, que somos todos nós, participantes da única missão de Jesus enquanto sacerdote, profeta e rei. A Igreja, Povo de Deus, tem a missão de continuar profetizando e anunciando a Boa Nova de Jesus. Porém é preciso estar sempre em estado de alerta, porque facilmente poderemos produzir os frutos que o Senhor Jesus se decepcionaria. Hoje a Igreja trabalha na Vinha do Senhor e pede que transformemos esta vinha (=mundo/sociedade...). Porém Ele pede que olhemos vinha, chamando atenção para ver a produção de uvas selvagens, uvas que sem gosto, amargas e sem aparência agradável. Os frutos selvagens são aqueles frutos que nos fazem perder a referência fraterna na comunidade. Quando perdemos o respeito pelos outros, a comunidade produz frutos selvagens, amargos, azedos... É muito amargo, é um azedume viver numa comunidade sem laços fraternos.
“Não existe jeito melhor de crer e participar da comunidade do que semear a justiça divina, cultivar a bondade entre nós, cultivar a fraternidade, cultivar a alegria e paz que afasta qualquer tipo de agressividade e violência... Isso é ser cristão, é ser discípulo de Jesus; é ser missionário”.

A igreja é o tesouro peculiar de Deus, preciosa aos Seus olhos e objeto de Seu infinito amor. […] O pai de família fez todas as provisões para que a vinha recebesse a melhor atenção. Tudo o que pôde ser feito se fez para que a vinha honrasse seu proprietário. […]

Se olharmos para nossas vidas, perceberemos que a vida da humanidade, nossa família e nossa vida é a vinha do Senhor. Ele a criou e cuidou dela com amor. E a colocou em nossas mãos. Somos responsáveis pela colheita, por viver a nossa vida de maneira fraterna, no amor, na compreensão e na justiça. O fruto que Deus quer é a vida do homem, é a nossa vida. Não somos donos dela. É um presente dado por Deus, que nos pede para cuidar dele com amor e que o façamos crescer em liberdade e fraternidade.

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