Comemoração de Todos
os Fiéis Defuntos
A liturgia da Comemoração
dos Fiéis Defuntos convida-nos a descobrir que o projeto de Deus para o homem é
um projeto de vida. No horizonte final do homem não está a morte, o fracasso, o
nada, mas está a comunhão com Deus, a realização plena do homem, a felicidade
definitiva, a vida eterna. Jesus
deixa claro que o objetivo final da sua missão é dar aos homens o “pão” que
conduz à vida eterna. Para aceder a essa vida, os discípulos são convidados a
“comer a carne” e a “beber o sangue” de Jesus – isto é, a aderir à sua pessoa,
a assimilar o seu projeto, a interiorizar a sua proposta. A Eucaristia cristã
(o “comer a carne” e beber o sangue” de Jesus) é, ao longo da nossa caminhada
pela terra, um momento privilegiado de encontro e de compromisso com essa vida
nova e definitiva que Jesus veio oferecer. S. Paulo garante aos cristãos de
Tessalónica que Cristo virá de novo, um dia, para concluir a história humana e
para inaugurar a realidade do mundo definitivo; todo aquele que tiver aderido a
Jesus e se tiver identificado com Ele irá ao encontro do Senhor e permanecerá
com Ele para sempre. O profeta Isaías anuncia e descreve o “banquete” que Deus,
um dia, vai oferecer a todos os Povos. Com imagens muito sugestivas, sugere que
o fim último da caminhada do homem é o “sentar-se à mesa” de Deus, o partilhar
a vida de Deus, o fazer parte da família de Deus. Dessa comunhão com Deus
resultará, para o homem, a felicidade total, a vida definitiva.
(Dehonianos)
Jesus diz: “felizes os pobres em espírito”; o mundo diz: “felizes vós os que tendes dinheiro – muito dinheiro – e sabeis usá-lo para comprar influências, comodidade, poder, segurança, bem-estar, pois é o dinheiro que faz andar o mundo e nos torna mais poderosos, mais livres e mais felizes”.
• Jesus diz: “felizes os mansos”; o
mundo diz: “felizes vós os que respondeis na mesma moeda quando vos provocam,
que respondeis à violência com uma violência ainda maior, pois só a linguagem
da força é eficaz para lidar com a violência e a injustiça”.
• Jesus diz: “felizes os que choram”; o
mundo diz: “felizes vós os que não tendes motivos para chorar, porque a vossa
vida é sempre uma festa, porque vos moveis nas altas esferas da sociedade e
tendes tudo para serdes felizes: casa com piscina, carro com telefone e ar
condicionado, amigos poderosos, uma conta bancária interessante e um bom
emprego arranjado pelo vosso amigo ministro”.
• Jesus diz: “felizes os que têm ânsia
de cumprir a vontade de Deus”; o mundo diz: “felizes vós os que não dependeis
de preconceitos ultrapassados e não acreditais num deus que vos diz o que
deveis e não deveis fazer, porque assim sois mais livres”.
• Jesus diz: “felizes os que tratam os
outros com misericórdia”; o mundo diz: “felizes vós quando desempenhais o vosso
papel sem vos deixardes comover pela miséria e pelo sofrimento dos outros, pois
quem se comove e tem misericórdia acabará por nunca ser eficaz neste mundo tão
competitivo”.
• Jesus diz: “felizes os sinceros de
coração”; o mundo diz: “felizes vós quando sabeis mentir e fingir para levar a
água ao vosso moinho, pois a verdade e a sinceridade destroem muitas carreiras
e esperanças de sucesso”.
• Jesus diz: “felizes os que procuram
construir a paz entre os homens”; o mundo diz: “felizes vós os que não tendes
medo da guerra, da competição, que sois duros e insensíveis, que não tendes
medo de lutar contra os outros e sois capazes de os vencer, pois só assim
podereis ser homens e mulheres de sucesso”.
• Jesus diz: “felizes os que são perseguidos
por cumprirem a vontade de Deus”; o mundo diz: “felizes vós os que já
entendestes como é mais seguro e mais fácil fazer o jogo dos poderosos e estar
sempre de acordo com eles, pois só assim podeis subir na vida e ter êxito na
vossa carreira”.
(Dehonianos)
A quem
damos razão? A quem seguimos
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